Desde o lançamento inicial da inconfundível franquia de basquete da EA nos idos de 1995, quando fazia a festa no Mega Drive e no Super Nintendo — deixando jogadores atônitos com um realismo exemplar abençoado ainda por novidades como “Create-a-Player” —, ou mesmo após a reformulação ocorrida em 2000, NBA Live sempre ditou a forma como se deve jogar basquete digital, comodamente sentado no sofá.
Embora algumas derrapadas se façam sentir aqui e ali durante um percurso na maior parte glorioso — em grande parte como uma resposta ao concorrente direto, 2KXX —, a peça central sempre foi a boa intimidade da EA com jogos de esporte, o que, é claro, também vale para o basquete.
Bem, sem deixar a peteca cair, NBA Live 10 não apenas traz as tradicionais novidades e perfumarias que já se espera, como ainda reinventa muita coisa, corrigindo ainda algumas escorregadas. Infelizmente, outras escorregadas acabaram entrando em cena durante o processo.
Dessa forma, se é fato que as maiores estrelas do basquete ganharam agora animações muito mais fluidas e alter egos digitais vem mais realistas — com tatuagens e demais de talhes próprios devidamente recriados—, e também que o novo modo Adidas Live concentra em si só um bom motivo para se comprar o jogo, também é verdade que o Q.I. dos seus companheiros de time e dos comentaristas do jogo às vezes deixa a desejar.
Mas, para pesar a balança definitivamente a favor da franquia, surge o reformulado Dynamic DNA. Com uma visível melhoria em relação à versão 09, o mecanismo agora atualiza todos os dados dos jogadores de acordo com o que acontece na própria NBA. Isso significa que desde as mais singelas torções até os dados gerais do status de cada jogador ganharão um reflexo no jogo. E o melhor: mesmo quem não seja um viciado completo em NBA vai conseguir perceber essas mudanças — diferentemente das sutilezas da versão anterior.
Complementando o quadro, um sem-número de jogadas adiciona nova dimensão estratégica à série. São jogadas ofensivas e defensivas, organizadas das mais variadas formas, tornando as coisas muito menos previsíveis. Aí basta botar tudo para funcionar na liga online, digladiando-se contra até 30 pretensos treinadores virtuais e seus times. Impagável.